Badische Presse - Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA para diálogo sobre tarifas

Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA para diálogo sobre tarifas
Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA para diálogo sobre tarifas / foto: © AFP

Haddad vê 'sinal' de abertura dos EUA para diálogo sobre tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (29) considerar que há "um sinal" de abertura dos Estados Unidos para o diálogo sobre a iminente imposição de tarifas por parte do governo de Donald Trump ao Brasil.

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As sobretaxas comerciais de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciadas em 9 de julho pelo presidente americano, devem entrar em vigor nesta sexta-feira, 1º de agosto.

"Nessa semana há já um sinal de um interesse em conversar", afirmou o ministro a jornalistas em Brasília.

Haddad mencionou pontualmente uma nova conversa telefônica ocorrida nesta segunda entre o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, designado por Lula para estabelecer pontes com a Casa Branca, e o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick.

Mais tarde, Haddad acrescentou, em entrevista à emissora CNN, que os "canais [de comunicação] estão começando a ser desobstruídos" entre Brasília e Washington.

"Entendemos que, se nós sentarmos à mesa com os dados concretos, com racionalidade, com propósito de estabelecer uma relação equilibrada, nós vamos chegar a um entendimento", disse o ministro.

Trump justificou a ameaça de tarifas ao Brasil sob o argumento político de que existe uma suposta "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), que é réu em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe em 2022.

Segundo maior parceiro comercial do Brasil, os Estados Unidos têm superávit nas trocas com a maior economia da América Latina.

Lula, que rejeita qualquer discussão sobre o destino de Bolsonaro na Justiça, já tinha se mostrado aberto ao diálogo com seu par americano na segunda-feira.

Nesta terça, o dirigente brasileiro voltou a pedir a abertura de negociações com Washington durante um ato oficial no estado de Rio de Janeiro.

"Tem divergência? Senta numa mesa, coloque a divergência de lado e vamos tentar resolver", disse.

"A gente não quer briga, a gente quer negociar. A gente quer fazer comércio", insistiu.

D.Groß--BP