

EUA planeja deportar salvadorenho para Uganda, denunciam advogados
O governo dos Estados Unidos planeja deportar para Uganda na próxima semana um cidadão de El Salvador que está no centro da guerra do presidente Donald Trump contra a imigração ilegal, denunciaram neste sábado advogados do salvadorenho, que pediram aos tribunais para rejeitar o caso contra Kilmar García.
Os advogados argumentaram em documento que se trata de uma tentativa de punir García por ter impugnado sua deportação inicial para El Salvador.
A tentativa de deportar García para Uganda, que assinou um acordo com os Estados Unidos para receber imigrantes sem documentos, aumenta a polêmica em torno do caso, que se tornou emblemático da luta de Trump contra a imigração ilegal e, segundo seus críticos, das suas violações das leis.
García foi libertado ontem por ordem da Justiça e autorizado a voltar para sua casa, em Maryland, para aguardar seu julgamento por tráfico de pessoas. Ele havia sido deportado por engano para uma prisão de segurança máxima em seu país, e retornou posteriormente para o território americano, onde foi preso pela segunda vez.
García nega ter cometido qualquer irregularidade, enquanto o governo americano afirma que ele faz parte do grupo criminoso MS-13.
Minutos antes de o salvadorenho ser libertado da prisão preventiva, um representante do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) informou a um advogado que o governo pretendia deportá-lo para Uganda, e ordenou que ele se apresentasse ao escritório local do ICE em Baltimore na manhã da próxima segunda-feira, diz o documento dos advogados.
Apoiadores de Trump elogiam a sua firmeza, mas juristas e defensores dos direitos humanos criticam duramente o que consideram uma deportação apressada, sem sequer uma audiência judicial, em violação da legislação americana.
H.Baumann--BP