

Defesa Civil anuncia 15 mortes por disparos israelenses no sul da Faixa de Gaza
A Defesa Civil da Faixa de Gaza informou nesta terça-feira (3) que pelo menos 15 pessoas morreram no sul do território palestino após disparos israelenses. O Exército de Israel afirmou que abriu fogo contra "suspeitos" que não responderam às ordens dos soldados.
"Ao menos 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas (...) quando as forças de ocupação israelenses abriram fogo com ajuda de tanques e drones contra milhares de civis que estavam reunidos após o amanhecer perto do cruzamento de Al Alam, na região de Al Mawasi, ao noroeste de Rafah", declarou à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.
O Exército israelense afirmou que enfrentou "suspeitos" em um movimento de massa nas rodovias que levam a um ponto de distribuição de ajuda humanitária.
"Vários soldados efetuaram disparos de advertência e, como os suspeitos não recuavam, dispararam novamente na direção dos suspeitos que se aproximavam dos soldados", acrescentou.
O Exército "está a par das informações sobre vítimas. Os detalhes do incidente estão sendo analisados", completou a nota militar.
No domingo (2), dezenas de pessoas morreram e ficaram feridas por disparos perto de um centro de ajuda humanitária de uma fundação apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, no sul da Faixa de Gaza.
Segundo a Defesa Civil do território palestino, 31 pessoas morreram e 176 ficaram feridas por disparos israelenses na área de Rafah.
O Exército israelense, em guerra contra o movimento islamista palestino Hamas após o ataque de 7 de outubro de 2023 contra o sul de Israel, negou ter "atirado contra civis quando estavam perto ou dentro" do centro de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês).
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na segunda-feira uma investigação independente sobre o incidente de domingo.
O Exército israelense anunciou nesta terça-feira as mortes de três soldados no norte da Faixa de Gaza, o que eleva para 424 o número de militares mortos no território palestino desde o início de sua operação terrestre, em 27 de outubro de 2023.
"Está autorizada a publicação dos nomes de três soldados que caíram em combate", afirmou o Exército em um comunicado, que confirma as mortes no norte da Faixa de Gaza.
V.Schmid--BP